Estudo Sorte x Habilidade

A velha discussão nunca acaba: Poker é um jogo de habilidade ou azar? Quem conhece o jogo e o pratica sabe exatamente qual a resposta. O problema reside em convencer os céticos que, invariavelmente, não jogam e desconhecem as regras e fatores que influenciam o jogo, de que não se trata, nem de longe, de um jogo de azar.

Um dos maiores e mais conceituados peritos brasileiros, Dr. Ricardo Molina, fez um estudo aprofundado sobre o jogo de Poker, comparando a habilidade de um jogador com a influência do fator sorte. Em seu estudo acerca do assunto, o qual pode ser baixado no link ao final desta postagem, Molina tinha o seguinte objetivo: “Analisar o jogo de cartas conhecido como Texas Hold’em, de modo a verificar se este pode ser classificado como ‘jogo de azar’ ou se depende também de habilidade, e, se positivo, em que medida e de que tipo de habilidade.”

Ao final do estudo, conclui o renomado perito que, inequivocamente, o fator habilidade é, no mínimo, importante para o sucesso no Texas Hold’em. Aqui aproveitamos, aliás, para estender tais conclusões às demais modalidades do Poker. A quantificação do fator habilidade, segundo ele, em comparação ao fator “sorte” seria impossível. Entretanto, para o que se pretende demonstrar com o estudo em questão, não se faz necessário relacionar numericamente estes fatores. Demonstra-se pelo estudo que, se um dos jogadores possui mais habilidade do que outro, independentemente de quanto mais habilidoso ou qual habilidade ele tenha desenvolvido, este jogador mais habilidoso obterá mais ganhos do que o outro ao final de uma sequência de partidas. Ainda, tanto maior será o ganho quanto maior for o número de partidas.

Com isso, considerando que o Texas Hold’em e as demais modalidades de Poker são, invariavelmente, disputados em longas sessões de partidas, pode-se afirmar com grande margem de segurança que o fator habilidade é decisivo para que se defina o vencedor. Observa-se ainda que esta conclusão também deve ser aplicada aos jogos online.

Quando se recorre ao Decreto Lei 3.688/41, vemos que define-se ali “jogo de azar” como sendo aquele em que “o ganho e a perda dependam exclusiva ou principalmente da sorte”. A partir do laudo apresentado neste estudo, pode-se afirmar que o Texas Hold’em não depende exclusivamente da sorte e, de acordo com a definição da palavra “principalmente” nos dicionários de Língua Portuguesa, vemos que esta também não se aplica. Assim sendo, de acordo com a definição dada no referido decreto ou por qualquer outro critério por meio do qual o nível de habilidade do jogador é decisivo para vencer, o Texas Hold’em não pode ser considerado como um jogo de azar.

» Faça o download AQUI do Estudo do Poker – Sorte x Habilidade do Dr. Ricardo Molina.

Referência: Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH)